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terça-feira, 1 de junho de 2010

Dois caminhos e um sonho!

Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga, foi efetivado como técnico da seleção brasileira de futebol há quase 4 anos. Contestado pela imprensa e boa parte do povo brasileiro, o capitão da Copa de 94 surpreendeu os críticos com os títulos da Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009, além da primeira colocação nas Eliminatórias para a Copa na África, com uma seleção renovada. Apesar da “pouca idade” para um treinador de futebol (46 anos), Dunga adotou um método nitidamente distinto de Parreira no Mundial de 2006. Sem a inclusão dos “badalados” Ronaldinho Gaúcho e Adriano, Dunga manteve um grupo pré-definido em suas mãos, ao longo destes quatro anos, isto é, o que ele chama de coerência. Parreira preferiu o estrelismo de seus grandes jogadores, prescindindo o espírito coletivo, essencial para uma Copa do Mundo. 1 a 0 para Dunga.

Diego Armando Maradona, mais conhecido como o “Pelé argentino”, tornou-se técnico da Argentina em outubro de 2008, porém não obteve resultados convincentes e virou alvo de críticas pela imprensa argentina. Ídolo, como jogador, Maradona ainda não emplacou como técnico de futebol, preocupa-se mais em causar alvoroços e ser personagem principal nas capas dos jornais. A carreira de jogador e agora de técnico, sempre foi marcada por controvérsias, envolvimento com drogas e atritos com a imprensa. O capitão de 86 ostenta uma incrível marca como técnico de uma seleção nacional: em pouco mais de ano no cargo, mais de 110 jogadores já foram convocados. Sem dúvida, é evidente a disparidade entre Dunga e Maradona, como treinadores. O primeiro está em constante evolução, já o argentino...

A questão a ser analisada neste “post”, é a diferença de conceitos morais entre ambos. Em suas respectivas concentrações pré-Copa, Brasil e Argentina vivenciam comportamentos distintos, ao refletir as personalidades de seus comandantes para as equipes. Dunga tenta evitar a falta de profissionalismo e empenho da seleção de 2006 e procura fazer o oposto, garantir a confiança do grupo e distância de polêmicas, envolvendo os seus jogadores. Recentemente, Dunga disse que precisa haver “limites” na concentração. Sem privar de ver amigos e familiares, porém sem extravagâncias, como ele falou: "nem todo mundo gosta de sexo, ou de sorvete, ou de vinho".

O irreverente Maradona, já pensa diferente. Ele acha que, em certos momentos, a equipe precisa de “descontrações”, ou seja, uma “folgazinha” não faz tão mal assim. A diferença entre os dois comandantes também estão fora das quatro linhas. Maradona já teve “rixas” com alguns jogadores, como Verón e, recentemente, o ídolo do Boca Juniors, Roman Riquelme. Já Dunga, possui uma certa harmonia com o grupo, pois manteve uma base e não foi na “onda” dos palpites da imprensa.

Maradona aposta em veteranos e jogadores convocados de última hora, Dunga espera que sua coerência seja confirmada. Sem dúvida, o momento de afirmação para os dois. Qual caminho é o ideal para alcançar o objetivo? Difícil saber, afinal, Copa do Mundo é um torneio de tiro curto. Tudo que foi trabalhado e estudado durante longos anos, podem ser tornar em vão. Uma clássica disputa de “bem contra o mau”, só resta saber quem se sairá o verdadeiro bonzinho nessa história...

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Jornalismo PUC-MG - Turma 1º/2010